Mãe coragem, Gloria Perez perdeu outro filho 10 anos após morte de Daniella
A série ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez’ é sobre um dos mais hediondos homicídios da crônica policial brasileira. Mas não apenas isso. É também sobre o amor incondicional de uma mãe.
Gloria Perez não teve o direito de viver as etapas do luto – processo imprescindível a qualquer pessoa que enterra um ente querido. Ainda diante do caixão da filha, precisou se manter atenta para evitar a impunidade dos assassinos. Uma semana depois, voltou a escrever os capítulos da novela ‘De Corpo de Alma’.
Entre lágrimas e a revolta, a dor física da perda e o abalo da saúde mental, ela reuniu forças para ir atrás de testemunhas e provas. Muitas vezes, agiu sozinha, acompanhada somente pelo espírito da determinação materna.
Levou porta na cara. Recebeu ameaças. Tentaram convencê-la a desistir. Era uma mulher fragilizada e, ao mesmo tempo, inabalável em sua busca por justiça.
Mobilizou a imprensa, trocou solidariedade com outras mães com filhos assassinados, pressionou os legisladores para conseguir o recrudescimento da punição legal aos homicidas.
Como se fosse pouco, durante essa jornada exaustiva, enfrentou uma tortura: o vandalismo no túmulo de Daniella. Houve várias tentativas de abrir a sepultura. Um pesadelo sem fim.
A condenação dos assassinos, cinco anos após o crime, foi uma vitória, porém, nada ameniza a dor da saudade e, como a própria Gloria diz em ‘Pacto Brutal’, certa culpa por acreditar que poderia ter evitado a tragédia.
A novelista enfrentaria outra perda inominável. Um mês antes de a morte de Daniella Perez completar 10 anos, ela perdeu o filho caçula, Rafael, então com 25 anos.
O rapaz, que nasceu com uma síndrome rara que afetou seu desenvolvimento mental, não resistiu a complicações de uma cirurgia para reverter uma torção intestinal.
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