Polícia analisa imagens de heliponto que fica a três minutos de voo de local de assassinatos
De acordo com um dos diretores da empresa, que pede para não ser identificado, o ponto de pouso da Chopper fica a apenas três minutos de voo de helicóptero do local onde os corpos de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e seu comparsa Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram encontrados. A área, de mata fechada, está numa reserva indígena da etnia Jenipapo-Kanindé, na cidade de Aquiraz.
“Eles (policiais) vieram aqui na terça e ontem também. Falaram diretamente comigo e pediram pra checar as imagens. Eu mesmo olhei com eles. Depois entregamos tudo que tínhamos, todos os registros”, disse o funcionário da companhia. Segundo ele, embora tenha documentação que lhe permita funcionar com voos panorâmicos, a Chopper não realiza esse tipo de serviço. “Todas as aeronaves que pousam e decolam daqui são operadas por seus próprios pilotos. A empresa não aluga, apenas faz manutenção e abastecimento de helicópteros”, explicou.
Local onde os dois corpos foram encontrados em mata fechada. (Foto: Tatiana Fortes/ O POVO) |
A quinta-feira, 15, quando Gegê e Paca teriam sido mortos por membros da própria facção PCC, foi um dia movimentado no heliponto da Chopper. “Muita gente estava voltando do Carnaval. Foi um dia realmente muito agitado”, relata. O diretor da companhia, entretanto, não recorda de ter visto os dois criminosos no local de pouso. “Mas não posso dizer nem que eles (Gegê e Paca) decolaram nem que não decolaram daqui.”
O POVO apurou que, além da Chopper, o heliponto mais próximo da região onde os corpos de Gegê e Paca foram achados é o da empresa Dragão do Ar. O local, porém, está fechado desde o ano passado. Além disso, a Dragão não abastece as aeronaves, serviço fornecido somente pela Chopper naquela área.
De acordo com a principal linha de investigação da Polícia, os traficantes Gegê e Paca, líderes do PCC no País, foram levados de aeronave até a área da reserva indígena. Lá, foram assassinados. Bilhete apreendido ontem na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a P2, no interior de São Paulo, sugere que a morte dos dois traficantes foi executada a mando de Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, braço direito do líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Fonte: O Povo On Line
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