Teori homologa delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa

Plantão Ceará | 19:58:00 | 0 comentários

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada fechada entre o ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto e o grupo de trabalho da Lava Jato.

Os depoimentos de Cleto foram prestados à Procuradoria Geral da República (PGR) porque ele citou o nome de pessoas com foro privilegiado que teriam envolvimento em fraudes, entre as quais o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ).
Cleto assumiu o cargo de alto escalão do banco público federal por indicação de Cunha. O ex-dirigente da Caixa relatou que o presidente afastado da Câmara recebeu propina de dinheiro de negócios feitos pelo Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).

O teor da delação premiada de Fábio Cleto seguirá em segredo de Justiça até que a PGR decida se abre ou não inquéritos ou inclua, a partir do que foi dito pelo ex-dirigente da Caixa, as citações em investigações já abertas. As informações prestadas por ele corroboram outra delação, feita pelos donos da Carioca Engenharia – Ricardo Pernambuco Júnior e o pai dele, Ricardo Pernambuco. A delação deles já foi tornada pública.

Foi com base na delação dos donos da Carioca que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez no último dia 10 a terceira denúncia contra Cunha, por corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia ainda não foi analisada pelos ministros do Supremo, para a Corte decidir se o peemedebista vira ou não réu no processo.

Por meio de nota, Eduardo Cunha afirmou que desconhece o conteúdo da delação. "Por isso não posso comentar detalhes", afirma. "Reitero que o cidadão delator foi indicado para cargo na Caixa, pela bancada do PMDB/RJ, com meu apoio, sem que isso signifique concordar com qualquer prática irregular. Desminto, como aliás já desmenti, qualquer recebimento de vantagem indevida. Se ele cometeu irregularidades, que responda por elas", diz a nota. 
Os empresários afirmaram que Cunha recebeu cerca de R$ 52 milhões do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca – que atuava na obra do Porto Maravilha. Os recursos seriam vantagens indevidas pela aquisição de títulos da prefeitura do Rio de Janeiro pelo FI-FGTS. Segundo as investigações, Cunha era próximo de Cleto.

O novo delator da Lava Jato foi exonerado da vice-presidência da Caixa em 10 de dezembro de 2015 por ordem da presidente afastada, Dilma Rousseff. Cinco dias depois, ele foi um dos alvos da Operação Catilinárias, etapa da Lava Jato que cumpriu mandado de busca e apreensão na residência oficial e no gabinete de Eduardo Cunha.

Veja a íntegra da nota de Eduardo Cunha:
Desconheço o conteúdo da delação, por isso não posso comentar detalhes.
Reitero que o cidadão delator foi indicado para cargo na Caixa, pela bancada do PMDB/RJ, com meu apoio, sem que isso signifique concordar com qualquer prática irregular.

Desminto, como aliás já desmenti, qualquer recebimento de vantagem indevida. Se ele cometeu irregularidades, que responda por elas.

Desafio qualquer um a provar a veracidade dessas delações como também  qualquer vinculação, de qualquer natureza, com as contas mencionadas por esses delatores.
Fonte:G1

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