Acusado de matar menino com bala perdida em SC vai a júri nesta sexta
Está marcado para esta sexta-feira (24) o júri popular de Gabriel Maurilio Ilha, acusado pelo homicídio do menino Matheus Avi de Oliveira, de 6 anos, atingido por uma bala perdida durante um tiroteio em Joinville, no Norte de Santa Catarina, há exatamente um ano. O réu também é acusado pela morte de Wagner Rodigues Nunes, que era o alvo dos disparos, segundo a denúncia do Ministério Público, por ferir a avó de Matheus, também atingida.
Matheus foi baleado na tarde no dia 24 de junho de 2015 no Jardim Paraíso, bairro que mais registrou homicídios no ano passado. A criança caminhava na rua com a avó quando foi atingida. Na época, testemunhas contaram que os disparos partiram de um carro com quatro ocupantes, na direção de uma moto onde estavam duas pessoas.
Um rapaz de 19 anos que estava na moto foi morto. O outro, fugiu. A avó de Matheus, de 56 anos, também foi atingida, mas de raspão.
Além desses dois homicídios e uma tentativa de homicídio, Gabriel Ilha também foi denunciado pelo roubo de uma Sandero, por corrupção de menores, já que havia um adolescente dentro do carro no momento do tiroteio, e por pertencer a uma organização criminosa paulista.
No dia do tiroteio, havia quatro pessoas no carro: Gabriel, o adolescente, Jefferson Diego Maba, já morto, e Wellerson Fretta. Este último é acusado pelos mesmos crimes que Gabriel.
Porém, como o defensor de Wellerson renunciou, o processo foi separado para que se pudesse dar andamento ao de Gabriel, segundo a 1ª Vara Criminal de Joinville. Ainda não há data para o julgamento de Wellerson.
Dor da família
Em entrevista ao G1 em março deste ano, o pai de Matheus, que pediu para ter o nome preservado, disse que a avó entrou em depressão após o crime.
Em entrevista ao G1 em março deste ano, o pai de Matheus, que pediu para ter o nome preservado, disse que a avó entrou em depressão após o crime.
“Minha mãe vivia para cuidar do Matheus. Eu tinha a guarda dele e ela que cuidava, por causa do meu trabalho. Depois que ele morreu, ela toma remédio controlado para dormir, não come direito, emagreceu. Acabou a alegria”, disse.
Matheus vivia na mesma casa que a avó, o pai e um tio. “Destruiu minha família. Foi um choque. Ele faz uma falta muito grande”, contou o pai, que disse que somente o trabalho o mantém com sanidade.
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