56% dos consumidores fortalezenses não devem ir às compras em novembro

A maioria dos consumidores de Fortaleza não deve ir às compras em novembro, aponta a Pesquisa de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor, divulgada nesta terça-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC). Segundo o estudo, 56% dos fortalezenses não demonstraram intenção de comprar algum produto neste mês. O índice é 7 pontos percentuais menor do que o observado no mês anterior.

Entre os produtos mais procurados estão os televisores (13,%) Foto: Arquivo

De acordo com o economista e diretor técnico do IPDC, Alex Araújo, o índice já era o esperado. "O mês de outubro foi atípico com crescimento muito forte de 51%. Por isso, o normal é voltar a tendência", conta. Ele destaca ainda que o índice confirma o pessimismo já esperado para o fim deste ano. "O aumento da inflação, do elevado nível de endividamento das famílias e do fim de vantagens fiscais criadas pelo Governo Federal, para uma série de produtos de consumo duráveis, vem afetando negativamente as intenções de venda e compra", ressalta.

Para Araújo o período natalino, historicamente de compras, também deve sofrer queda neste ano. "Devemos ter um crescimento em comparação ao mês de novembro, mas a elevação será menor que o registrado em dezembro de 2012, quando o índice chegou a 62,4%". 

O resultado negativo do mês de novembro também está abaixo do registrado em igual período de 2012, quando a taxa de intenção de compra foi de 46,8%.

Gastos devem ficar em R$ 305

Os gastos em novembro, segundo a pesquisa, deve ficar em R$ 305. Além disso, mais da metade dos consumidores (66,7%) consideram o momento atual ótimo ou bom para a compra de bens duráveis, taxa abaixo da observada em outubro, de 70,8%. 

Público feminino deve consumir mais

A pretensão de compra mostra-se mais forte nos consumidores do gênero feminino (45,8%), no grupo com idade entre 18 e 24 anos (55,9%), com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (49,6%).

Dentre os produtos mais procurados pelos fortalezenses, os artigos de vestuário estão na liderança (21,1%). Em seguida, geladeiras e refrigeradores (17,9%) e calçados (13,4%). Os televisores (13%), aparelhos de telefonia celular (12%), móveis e artigos de decoração (10,8%) e Automóveis (8%) também fazem parte dos produtos mais procurados.

Confiança do consumidor atinge segundo pior índice

O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) também teve queda em novembro de 0,6%, passando de 130,8, em outubro, para 130,2 neste mês. Esse é o segundo menor índice dos últimos 13 meses, ficando atrás apenas do mês de julho.

Situação econômica nacional preocupa

O consumidor de Fortaleza tem mostrado preocupações com a situação econômica nacional, com 31,5% dos entrevistados descrevendo-a como ruim ou péssima. Esse sentimento é reforçado pelos dados recentes do mercado de trabalho, que mostram o aumento da taxa de inatividade, isto é pessoas que deixam de procurar trabalho, ampliando o chamado desemprego por desalento.