Com diminuição de protestos, confiança do consumidor aumenta em Fortaleza, mas vendas no comércio preocupam

A redução gradativa dos protestos no Brasil afetou positivamente a economia. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Fortaleza, divulgado nesta terça-feira (13) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), apresentou leve aumento em agosto. O resultado passou de 128,3 pontos, em julho, para 130,3 pontosneste mês. Entretanto, o cenário aindapreocupa. "A melhoria da confiança não é necessariamente o aumento da intenção de consumo", explica o economista Alex Araújo.

Dia dos Pais não foi bom para o comércio cearense. FOTO: RODRIGO CARVALHO/ARQUIVO

Em julho, o ICC havia apresentado queda brusca de 5%, quando passou de 135,1 pontos para 128,3 pontos - o pior resultado dos últimos 13 meses até então. Os protestos em todo o País foram apontados como causa do afastamento do consumidor das compras no mês. "Quando houve a queda de confiança, vimos que tinha uma relação forte com os protestos generalizados no Brasil e aqui no Ceará. À medida que o cenário vai ficando mais distante, o nível de confiança da situação presente mostra uma melhora", explicou Araújo. Em agosto, apesar do crescimento, os números são ainda o segundo pior resultado dos últimos 13 meses. Os números também são inferiores à média no ano, que está em 131,2 pontos.

Homens estão mais dispostos a comprar

O Dia dos Pais não foi dos melhores para o comércio. "O Dia dos Pais foi um dos piores dos últimos anos, com nível de crescimento muito baixo. E não temos sinalização da intenção de consumo de que o consumidor voltará a comprar. No caso do Ceará, que nossa economia está muito baseada no terciário - comércio e serviços - preocupa, pois significa paralisação da economia", afirmou Alex.

E o que afirma o economista revela-se no gênero que apresenta maior índice de confiança. Oshomens são representados por 137,7 pontos, 2 à frente das mulheres, com 135,7 pontos.

Dentre os produtos mais desejados, os itens de vestuário lideram as intenções de compras no mês, com 19,4%, seguidos de perto pela televisão (18,4%) e computador (12,5%). O valor de até R$ 250 foi o mais citado na pesquisa, com intenção de 71,6% dos que responderam.