Mais um milagre de João Paulo II é reconhecido e papa pode virar santo

O Vaticano reconheceu na última segunda-feira (17) um segundo milagre do papa João Paulo II (1920-2005), abrindo caminho para sua santificação.

A comissão teológica da Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano decidiu, após ouvir médicos, que uma intervenção de João Paulo II (a natureza do milagre não foi revelada)não pode ser explicada pela ciência. A notícia veio de fontes das agências France Presse e Efe. Questionado, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, negou-se a confirmar ou a desmentir a informação.

Para que a canonização seja efetivada, ainda é preciso a aprovação de uma comissão de cardeais e do papa Francisco. Acredita-se que João Paulo será proclamado santo no próximo dia 20 de outubro, data próxima ao início de seu pontificado, em 1978.

No dia 1º de maio de 2011, Bento 16 beatificou seu antecessor depois que lhe foi atribuído omilagre da freira francesa Marie Simon Pierre, que se curou do mal de Parkinson de maneira inexplicável após ter orado pedindo pela intercessão do papa João Paulo.
 
A santificação de uma pessoa demanda um longo processo. O primeiro passo é a ratificação, pelo Vaticano, de virtudes heroicas do indicado. O segundo, é o reconhecimento por exame clínico de um primeiro milagre, que leva à beatificação. A partir desse ponto, é permitido o culto restrito da figura em seu local de origem e atuação. Por fim, a canonização demanda a atribuição de um segundo milagre ocorrido após a beatificação. Após esse passo, é permitida a celebração universal ao novo santo.
 
Para iniciar o processo de beatificação de João Paulo II, Bento 16 contrariou o Código de Direito Canônico, que prevê uma espera de ao menos cinco anos depois da morte do indicado. Em abril de 2005, milhares de fieis se despediram de João Paulo, que foi pontífice durante 27 anos, entoando gritos de "santo subito", ou seja, pedindo sua canonização imediata. Em 13 de maio de 2005, poucas semanas após ter sido eleito papa, Joseph Ratzinger anunciou a decisão de consentir com a abertura da causa canônica de Karol Wojtyla.