PASSARELAS SOBRE AS BRs TÊM ESTRUTURA PRECÁRIA

No km 2 da BR-116, uma passarela desagrada a população pela falta de infra-estrutura. A auxiliar de escritório Socorro Alves atentou para a falta de segurança para quem anda com crianças. "Não existe nenhuma manutenção e o piso é irregular. Existem muitos pontos onde não há grade de proteção e, onde tem, ela é muito baixa. É muito perigoso para andar aqui com uma criança, por exemplo", declarou.

Segundo ela, o perigo de usar a passarela se intensifica durante a noite, quando bandidos se aproveitam da falta de iluminação para surpreender os pedestres. "Depois de 18h, eles (os assaltantes) pedem R$ 1 ou R$ 2 para cada pessoa que vai passando pela passarela, se não der, eles levam a bolsa, o celular...", reclamou a auxiliar de escritório.

Para o servente Cosmo Rodrigues, o principal problema é a falta de uma proteção física nas laterais da passarela. "Como eu tenho uma filha pequena, não posso perder a atenção. Já que tem trecho em que não tem grade nas laterais, eu nunca solto a mão dela", afirmou. Na passarela, a mureta só tem cerca de 30cm de altura, e as grades, que são instaladas em cima da mureta, tem outros 40cm, somando cerca de 70cm de proteção nas laterais da ponte. Essa proteção, no entanto, só existe em poucos trechos da passarela.

Depois de aproximadamente 3km, outra passarela cruza a BR-116, na altura do km 5. Apesar de serem em locais diferentes, os problemas são praticamente os mesmos. "Além da falta das grades de proteção nas laterais e dos assaltos com quem usa a passarela a noite, muita moto passa aqui. A gente tem que ir andando pelos lados, porque se for pelo meio os motoqueiros podem atropelar a gente", disse o porteiro Michel Rodrigues.

E os cadeirantes?

Na passarela da BR-222, no bairro Tabapuá, a situação é um pouco melhor: a mureta de proteção tem cerca de 50 cm, que somada aos outros 60 cm da grade, dá uma maior sensação de segurança vertical aos pedestres que usam a passarela. O que falta é uma rampa de acesso para cadeirantes, que se deparam com um lance de escadas antes de começar a subir a passarela. O vendendor Ilton Leitão chamou atenção para a falta de iluminação e para o vandalismo no equipamento. "O ruim aqui é que tem muita pichação e, sem luz aqui durante a noite, fica perigoso", comentou.