NAVIO NAUFRAGADO

Plantão Ceará | 07:49:00 | 0 comentários



Semam promete estudar os danos e não descarta entrar com ação processual contra a empresa responsável

O mar borrado, manchado de preto, chama a atenção e põe em estado de alerta os moradores e pescadores que vivem na faixa de praia no bairro do Pirambu. Somente após seis dias do naufrágio do navio mercante Seawind, a Capitania dos Portos no Ceará (CPCE) e a Companhia Docas (CDC) apresentaram a real quantidade de resíduo derramados no mar: oito mil litros.

"O óleo que vazou ficou todo retido nas barreiras de contenção e foi recolhido. Porém, esse óleo não constitui efeito de poluição hídrica, pelo fato do mesmo ter sido recolhido imediatamente em recipientes específicos e transferidos para a Base do CDA na Companhia Docas do Ceará", afirma, em nota, a Companhia.

Além disso, a Capitania dos Portos informou que já foi instaurado Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as causas do acidente. A conclusão, segundo os órgãos, deverá ocorrer em um prazo final de 90 dias.

Apesar da preocupação da população, ambientalistas e biólogos, representantes do meio ambiente presentes no Gabinete de Crise informaram, segundo a CPCE, que não houve quaisquer danos ambientais até o momento.

Questionados se ainda haveria possibilidade de mais derramamento de óleo no mar, o CPCE e a CDC detalharam que não há mais vazamento na embarcação mercante Seawind, pois, segundo o Comitê de Crise, todas as saídas foram lacradas ou tamponadas.

"Em todo o momento, a situação esteve sob controle. O Centro de Defesa Ambiental e a Companhia Docas do Ceará providenciaram a limpeza de um ponto focal na praia do Pirambu, com apoio de empresa especializada", informa a nota enviada. Sobre o fato de que a embarcação afundada poderia estar atrapalhando a navegação de outros barcos, a CPCE afirma que foram divulgados avisos aos navegantes e colocados sinais luminosos no NM Seawind para dar segurança às viagens.



Responsabilização
Há um certo clima de tranquilidade e de controle informado pela Capitania dos Portos, mas o atual titular da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de Fortaleza, Adalberto Alencar, prometeu estudar os possíveis danos causados com o derramamento de oito mil litros de óleo e não descarta, inclusive, a possibilidade de entrar com ação processual contra a empresa responsável pela embarcação - de bandeira panamenha - que estava impedido de seguir viagem, desde 2011, por divida trabalhista.

"É um dano muito grave. Estamos com equipe em campo tentando ver os impactos. Dependendo das informações do crime, queremos saber o que vai ser feito judicialmente", afirma. Ontem de manhã, equipes da Semam e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/CE) estiveram no Pirambu para fazer estudos de campo na área.

"Já começamos a coletar informações para saber o tamanho desse dano e se cabe uma ação processual contra a empresa. Com os esclarecimentos do Ibama e da Capitania, até o fim da semana, isso tudo vai estar esclarecido", diz Adalberto Alencar.

Por fim, Alencar comenta que esse talvez tenha sido o maior desastre de óleo do nosso litoral. "Qual a segurança que a população de Fortaleza tem com essa atividade portuária?", indaga. 

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