Entenda a eficácia das vacinas aplicadas no Ceará e por que mesmo imunizado é possível pegar Covid

Plantão Ceará | 16:01:00 | 0 comentários

Com teste positivo para a Covid-19 dias antes do Réveillon de 2022, o receio da advogada Janaína de Deus, de 33 anos, foi reviver o desgaste físico e mental da doença. “Fiquei muito mal na primeira vez que tive, em janeiro de 2021, e tenho certeza que foi a vacina que segurou os sintomas agora”. Experiência compartilhada por outros cearenses com a doença atenuada pela imunização contra o coronavírus.

Especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste apontam a eficácia das vacinas contra a Covid-19 e influenza, mesmo com aumento dos casos de infecção, pelo cumprimento da promessa feita desde o início da pandemia: redução de mortes, hospitalizações e casos graves da doença.

Legenda: Os imunizantes possuem eficácia satisfatória e
evitam casos graves da doença
Foto: Thiago Gadelha


Tanto o resultado se reflete positivamente no cenário epidemiológico que, mesmo com a circulação da variante Ômicron, os hospitais não se aproximam da ocupação vista na 1º e 2ª onda da doença.

“Nessa altura do campeonato a gente já teria uma mortalidade muito maior, hospitais superlotados, se a gente não tivesse tido a vacinação. Então a grande eficácia da vacina é essa: a proteção contra as formas graves e contra a mortalidade da Covid-19”, atesta a médica infectologista Melissa Medeiros, atuante no Hospital São José.

O Ceará aplicou a segunda dose da vacina contra o coronavírus em 6.365.521 e a dose única em 174.535 outros, alcançando a imunização de cerca de 70.77% da população cearense, até a quinta-feira (6).

A especialista reforça a alta transmissibilidade da Ômicron comparada ao contágio pelo sarampo. “Uma pessoa infectada sem máscara ao redor de outras infectaria entre 16 e 18 pessoas no mesmo momento. Isso quer dizer uma família inteira numa pequena reunião mais próxima. Imagina em grandes aglomerações?”, detalha.

Nenhuma vacina, seja qual for a doença, tem eficácia de 100% contra infecção, como acrescenta o médico pediatra e infectologista Robério Leite. O especialista explica que, nesse contexto, deve ser avaliado o desfecho clínico dos pacientes.

“Para qualquer manifestação clínica de Covid-19, com a emergência das variantes, sobretudo a Ômicron, a eficácia caiu em relação ao vírus original, para o qual foram concebidas as vacinas”, ressalta.

Contudo o infectologista também ressalta o menor número de hospitalizações e mortes pela doença com a imunização. “A chance de se infectar e de desenvolver sintomas é menor em indivíduos vacinados, em comparação com não vacinados”, frisa.

As vacinas são analisadas quanto à eficácia global, ou seja, a proteção contra qualquer intensidade da doença, de leve à grave, em que todas as fabricantes alcançaram indíces satisfatórios. Confira:

PFIZER/BIONTECH - EFICÁCIA GLOBAL: 95%

Vacina usada na imunização de adolescentes e aplicada como dose de reforço também em adultos no Ceará. A empresa aponta que os estudos mostram proteção parcial depois de 12 dias da primeira dose, mas que são necessárias duas doses para a proteção máxima, de 95%.

ASTRAZENECA - EFICÁCIA GLOBAL: 82,4%

Imunizante aplicado no Estado em adultos tem eficácia geral de 76%, dos 22 aos 90 dias após a aplicação. Com a aplicação da segunda dose, a proteção sobe para 82,4% para casos gerais, conforme a fabricante Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

CORONAVAC - EFICÁCIA GLOBAL: 62,3%

A eficácia global da Coronavac pode chegar a 62,3% se o espaço entre as duas doses for de 21 dias ou mais, conforme o Instituto Butantan. Em artigo científico encaminhado para a revista científica The Lancet, a Coronavac, para casos sintomáticos, atingiu 50,7% de eficácia com 14 dias de intervalo entre as duas doses.

Janssen - Eficácia global: 66%

Inicialmente aplicada em dose única, a vacina Janssen apresentou de 66% em um teste realizado em três continentes e com variantes múltiplas do vírus, como informado pela fabricante e publicado na Agência Brasil. Uma segunda dose deve ser aplicada nos brasileiros imunizados com a Janssen entre dois e cinco meses.


Contaminação de imunizados

Buscar manter a vacinação em dia acontece desde antes da pandemia da Covid-19 na rotina de Janaína de Deus, imunizada com duas doses da Pfizer. Por também ser alérgica e pelo quadro de sinusite, fez o teste para a doença pandêmica apenas para tirar a dúvida.

Um exame foi feito logo no início dos sintomas, com resultado negativo, mas a confirmação veio dois dias depois. “Dia 29 de dezembro estava com dores na face, nariz entupido e a garganta inflamada. Fiz o novo teste porque ia viajar para o Réveillon e por receio de ser a Covid ou a influenza, ou as duas”, frisa.

Fonte: DN

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