Incêndio na favela mata três em SP
As causas do incêndio serão investigadas. Os moradores disseram que a queda de um balão teria iniciado o fogoSão Paulo. Um incêndio de grande proporção atingiu na madrugada de ontem uma favela, conhecida como comunidade da Ilha, na região de Heliópolis, zona sul de São Paulo. Ao menos três pessoas morreram e oito ficaram feridas, duas delas em estado grave, segundo Marcos Palumbo, chefe da comunicação dos bombeiros. O incêndio começou por volta da 1h em um barraco da favela na avenida Almirante Delamare e se espalhou rapidamente.
Ao menos 22 equipes, cerca de 60 homens, trabalharam no combate ao fogo, que foi controlado às 4 horas da manhã de ontem FOTO: AGÊNCIA ESTADO
Ao menos 22 equipes, cerca de 60 homens, trabalharam no combate ao fogo, que foi controlado às 4h. A área ficou interditada para os trabalhos de rescaldo dos bombeiros e perícia do local.
Um hospital, que fica ao lado da favela, não foi atingido pelo fogo e nenhum paciente precisou ser removido devido a fumaça. Segundo os bombeiros, as causas do incêndio serão investigadas, mas moradores da favela comentam que a queda de um balão teria iniciado o incêndio.
Moradores
A cabeleireira Maria Ivone Jesus dos Santos, 34, que mora há nove anos no local com o marido e a filha adolescente, estava dormindo quando ouviu os vizinhos gritando que a favela estava pegando fogo.
Segundo Maria Ivone, o fogo se alastrou tão rapidamente que ela perdeu quase tudo que estava na casa, inclusive uma máquina de lavar que ganhou há três dias do marido. "Só deu tempo de salvar a minha gatinha, a bíblia, o microfone que eu louvo ao senhor, uma TV e a CPU do computador", disse.
O metalúrgico desempregado, Marcos de Santana Almeida, 25, foi surpreendido pelo incêndio quando chegava em casa com a mulher Laiane Almeida Santana, 16. Eles perderam tudo no incêndio.
Segundo o subprefeito do Ipiranga, Luiz Henrique Girardi, pelo menos 60% da favela foi condenada pelo fogo e 17 moradores buscaram atendimento no Hospital de Heliópolis.
A Secretaria de Assistência Social cadastrou 503 famílias, do total de 860 pessoas, que tiveram suas casas consumidas pelo fogo. A secretaria também informou que está avaliando possíveis locais para receber os desabrigados.
Porto Alegre
O Mercado Público de Porto Alegre, que foi parcialmente destruído pelo fogo no sábado, e não tinha um Plano de Prevenção e Combate a Incêndio atualizado. A prefeitura, responsável pelo prédio histórico, afirma que essa documentação estava em tramitação e que em abril o local foi totalmente vistoriado pela Brigada Militar.
Em telefonema para o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), a presidente Dilma Rousseff disse que o governo federal dará auxílio financeiro para reconstruir o prédio do Mercado Público da cidade.
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