Moradores dos bairros Meireles, Aldeota e Cidade 2000 relatam falta d'água na Regional II

Plantão Ceará | 08:48:00 | 0 comentários

Deise Squinelli precisa armazenar para ter água no restaurante

A convivência com a escassez de água, parte da vida de milhares de cearenses mais intensamente nestes cinco anos de seca, tem afetado o cotidiano de moradores dos bairros Meireles, Aldeota e Cidade 2000, Regional II de Fortaleza. Os relatos são de que, há um mês, quarteirões inteiros ficam até cinco dias seguidos sem água.
 
Além da economia, imposta nas contas pela tarifa de contingência da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), alguns moradores e comerciantes da área têm criado estratégias para driblar o que alguns especulam ser um racionamento não-oficial.

Proprietária de um restaurante na Cidade 2000 e moradora do bairro, Deise Squinelli, 28, conta que há um mês, sempre aos fins de semana, o funcionamento do estabelecimento é prejudicado porque as torneiras secam. “O jeito que a gente encontrou foi buscar água em baldes, ou na minha casa, ou na de algum vizinho. Em uma noite, faltou água em todo canto, e fechamos”, relembra.

Deise entrou em contato com a Cagece, que enviou técnico ao local na semana passada. “Ele vistoriou e nos informou que não era problema na rede e não dava pra resolver, porque era racionamento de água mesmo”, diz. Sem uma solução, a empresária comprou uma segunda caixa d’água e estoca água em recipientes. “Chegou ao ponto de ter de lavar louça e o banheiro com água mineral”, lamenta.

O racionamento também é citado por um morador de Meireles, que pede para não ser identificado. Ele conta estar pagando R$ 300 para ter a caixa d’água de 3 mil litros abastecida por carro-pipa. “Não é mais nem racionamento, porque racionamento é regulado, passa ‘tantas’ horas do dia sem água. O que estamos vivendo é falta d’água mesmo”, comenta.

No condomínio do universitário Thiago Silva, 29, na Cidade 2000, as constantes faltas de água fizeram com que os condôminos se organizassem para pagar o tratamento da água de um poço profundo, que será armazenada em uma cisterna. “Tem faltado sempre e quando chega não tem pressão para subir”, descreve.

Sem poder lavar o cabelo dos clientes, Jon Valverde, dono de uma barbearia na Aldeota, diz que este mês, ainda na metade, já conta sete dias sem água. “Em uma das vezes, foram cinco dias seguidos. Entramos em contato com a Cagece e não há previsão. O que se fala entre os vizinhos é que é racionamento”, diz. O empresário tem comprado água e pedido a compreensão dos clientes. “Eles entendem porque não tem água também na casa deles”, conta.

Cagece
Questionada sobre se há um racionamento feito nos bairros, a Cagece nega. Em nota, afirma que “está sendo realizada inspeção na rede de abastecimento e revisão nos registros de vazão de água do reservatório do Ancuri, que abastece a área, para identificar e solucionar possíveis casos de baixa pressão no abastecimento”. E completa: “Alguns pontos dessas localidades estão com baixo abastecimento, melhorando à noite”. Não foi indicado quando o problema será solucionado e se poderá afetar outras partes da Cidade.

Serviço

Para notificar a Cagece
Contato: 0800 275 0195, aplicativo Cagece Mobile e chat no sitewww.cagece.com.br
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