Considerada decisiva, Tia Eron vota a favor de cassação de Cunha
Ao se pronunciar, a deputada disse que votava com a consciência e defendeu seu partido, que segundo ela não é "balcão de negócios". Tia Eron fez ainda críticas à imprensa por ter presumido antecipadamente que ela votaria a favor de Cunha.
"A minha consciência, é nela que moram os valores, é nela que reside a verdade", afirmou. "Eu não sou estrela, sou dada ao trabalho, (...) mas quero recomendar à imprensa a leitura de Umberto Eco e Darcy Ribeiro quando falam da desconstrução do óbvio."
"Eu não posso aqui absolver o representado nesta tarde. Eu não posso. Eu voto sim", disse a deputada, que foi aplaudida após se pronunciar.
Como era esperado que a votação terminaria com um placar apertado, o voto de Tia Eron se tornou decisivo.
Na semana passada, ela não participou da reunião que tentou votar o parecer pela cassação, e havia grande expectativa pela presença da parlamentar na reunião desta terça.
Adversários de Cunha chegaram a acusar o Palácio do Planalto de agir junto ao PRB, que detém um dos ministérios, para pressionar a parlamentar a votar a favor de Cunha. O governo negou qualquer tipo de interferência. Nos últimos dias, Tia Eron se isolou para evitar pressão.
No início da sessão, ainda sem declarar o voto,a deputada criticou a demora para dar um desfecho ao processo no Conselho de Ética.
"Faz nove meses esse processo. Vocês como homens não entendem o que é dar a luz. Por isso, chamam: "Cadê Tia Eron para resolver o problema que os homens aqui não foram capazes de resolver'", afirmou.
Na semana passada, ela não participou da reunião que tentou votar o parecer pela cassação, e havia grande expectativa pela presença da parlamentar na reunião desta terça.
Adversários de Cunha chegaram a acusar o Palácio do Planalto de agir junto ao PRB, que detém um dos ministérios, para pressionar a parlamentar a votar a favor de Cunha. O governo negou qualquer tipo de interferência. Nos últimos dias, Tia Eron se isolou para evitar pressão.
No início da sessão, ainda sem declarar o voto,a deputada criticou a demora para dar um desfecho ao processo no Conselho de Ética.
"Faz nove meses esse processo. Vocês como homens não entendem o que é dar a luz. Por isso, chamam: "Cadê Tia Eron para resolver o problema que os homens aqui não foram capazes de resolver'", afirmou.
Ela também explicou por que se ausentou na última semana. "Eu estava nesta Casa e a imprensa sabe que eu estava, assistindo ao que Platão chama de mito da caverna, para poder olhar nos olhos de cada um. Porque os olhos refletem muito mais do que a boca não tem coragem de dizer", afirmou.
"Eu não fui abduzida, deputado Marchezan [...]. Estamos aqui como julgadores e, como tais, a primeira função que deveria ter é a capacidade de olhar para dentro de si”, completou ela, respondendo ao deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS), que na havia questionado sua ausência.
Logo que chegou à sessão do conselho, a deputada teve que ser escoltada por seguranças ao ir ao banheiro.
Deputada em primeiro mandato, Tia Eron é técnica em administração e foi eleita vereadora quatro vezes em Salvador. Antes do PRB, ela foi filiada ao DEM e ao extinto PFL.
Voto que surpreendeu
O voto do deputado Wladimir Costa (SD-PA) surpreendeu. O parlamentar, que sempre se manifestou abertamente contra a perda do mandato de Cunha, mudou de lado e votou pela casação.
O parlamentar do Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SD-SP), um dos principais aliados de Cunha, inclusive discursou em defesa do presidente afastado da Câmara nesta terça, a quem chamou de homem "honrado".
Próximos passos
Com a aprovação do relatório no Conselho de Ética, abre-se prazo de cinco dias úteis, a partir da publicação no Diário Oficial, para a defesa de Cunha recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que poderá opinar apenas sobre aspectos formais do relatório, mas não sobre o mérito.
Logo que chegou à sessão do conselho, a deputada teve que ser escoltada por seguranças ao ir ao banheiro.
Deputada em primeiro mandato, Tia Eron é técnica em administração e foi eleita vereadora quatro vezes em Salvador. Antes do PRB, ela foi filiada ao DEM e ao extinto PFL.
Voto que surpreendeu
O voto do deputado Wladimir Costa (SD-PA) surpreendeu. O parlamentar, que sempre se manifestou abertamente contra a perda do mandato de Cunha, mudou de lado e votou pela casação.
O parlamentar do Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SD-SP), um dos principais aliados de Cunha, inclusive discursou em defesa do presidente afastado da Câmara nesta terça, a quem chamou de homem "honrado".
Próximos passos
Com a aprovação do relatório no Conselho de Ética, abre-se prazo de cinco dias úteis, a partir da publicação no Diário Oficial, para a defesa de Cunha recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que poderá opinar apenas sobre aspectos formais do relatório, mas não sobre o mérito.
Em seguida, o processo segue para o plenário da Câmara. Qualquer punição só poderá ser aprovada em definitivo com o voto de ao menos 257 dos 513 deputados.
Fonte:G1
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