Unidade da Farmácia Popular apresenta falta de remédios há mais de um ano

Devido a falta de abastecimento de medicamentos na Farmácia Popular do Terminal da Parangaba, vem diminuindo o número de pessoas que buscam seus remédios e aumentando o fluxo de clientes na Farmácia Popular do Terminal do Siqueira. Antibióticos em geral e medicamentos controlados (tarja preta) são alguns dos que estão em falta. Segundo a coordenadora da Célula de Assistência Financeira (Celaf), o problema vem desde fevereiro de 2012.

Por conta do atendimento ruim na Parangaba, farmácia no Siqueira apresenta lotação fora do normal. Foto: Manoel Cruz

"A Farmácia Popular do Terminal da Parangaba está com esse problema desde o dia 8 de fevereiro do ano passado. Isso deve-se por algumas pendências da gestão passada que não foram sanadas, mas que, até o final dessa semana pretendemos resolvê-las", afirma a coordenadora do Celaf, Bianca Coelho. Ainda segundo ela, "a Fiocruz (que abastece a farmácia) só irá regularizar o abastecimento quando todas essas pendências estiveram resolvidas".

Dentre as pendências relacionadas à Farmácia Popular com relação ao governo passado, a coordenadora citou um débito que foi pago na atual gestão e que amanhã irá se reunir com a secretária de Saúde, Socorro Martins, para regularizar em definitivo esse problema. "O relatório completo com todos os problemas eu terei acesso amanhã, quando estarei com a secretária de saúde para tentar resolver de vez esse problema. Agora, entre as irregularidades, estamos cientes que a atual gestão pagou dívidas da gestão passada, o valor exato terei acesso amanhã", concluiu.

População sofre com o problema

Dona Fátima Nascimento, 59 anos, é aposentada e cliente da Farmácia Popular da Parangaba. Segundo a dona de casa, é grave o problema da falta de medicamentos. "Vim buscar meus remédios e não tem nenhum no estoque. Eu costumo pagar por todos os meus remédios uns R$ 5 aqui. Agora, como estão todos em falta, terei que comprar em uma farmácia normal, e devo gastar em torno de 80 reais com a mesma medicação. Isso é um absurdo!", reclama.

O problema de Raimundo Aderaldo é ainda mais grave. "Tomo sete medicamentos e todos estão em falta. O pior disso tudo é que eu tenho remédios que na farmácia privada custa em torno de R$ 200 e infelizmente terei que comprar, pois não posso ficar sem eles. Para nós, cidadãos, é uma falta de respeito tremenda essa falta de remédios", dispara.

Aurilene Prudêncio trabalha em um quiosque no Terminal da parangaba há 13 anos e segundo ela são muitas as reclamações de pessoas que buscam remédios em vão. "Frequentemente vejo pessoas que vêm buscar seus remédios, mas sempre estão em falta. Eu mesma já fui algumas vezes lá tentar comprar remédios, mas foi tempo perdido porque não tinha", declara a vendedora, que, por algumas vezes, chegou a ver a farmácia fechada em horário comercial: "eu já vi e também soube de pessoas que viram a farmácia fechada no horário em que deveria está aberta".

Quanto a esse problema, a gerente da Farmácia Popular do Terminal da Parangaba, Aurivânia, desmente. "Não é que esteja fechada. Algumas vezes é porque o sistema está fora do ar e enquanto o técnico chega para regularizar nós fechamos, mas isso nunca passa de duas horas de espera, esse é o tempo máximo", explica.

Farmácia popular do Siqueira super-lotada

Devido aos problemas na Parangaba, a outra Farmácia Popular, que fica no Terminal do Siqueira, está com a procura de remédios maior que o normal. A co-farmacêutica da farmácia, Érika Sabóia, explica que mesmo tendo aumentado a procura, a demanda está suprindo as necessidades das pessoas. "De fato, aumentou muito o número de pessoas aqui no local, mas isso é normal, devido o problema na outra farmácia, que fica na Parangaba, mas está tudo normal, o nosso estoque está com medicações", explica.

Érika Sabóia acredita que esse problema deve ser resolvido em breve. "Acredito que brevemente o problema será solucionado, até porque isso é um pequeno problema de gestão, mas as pessoas podem ficar tranquilas que logo logo estará tudo nornalizado".