MP entra com ação contra a Cagece por falta de água em Umirim

Por conta das constantes interrupções no fornecimento de água no município de Umirim, distante 109 km de Fortaleza, o Ministério Público do Estado do Ceará (MP) entrou com uma ação civil pública contra a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Segundo o órgão, desde 2009, a empresa vem sendo oficiada para solucionar o problema. 

Cidade ficou quase por completo sem água por mais de 15 dias Foto: Fabiane de Paula

De acordo com o promotor de Justiça, Cláudio Feitosa Frota Guimarães, responsável pela ação, a companhia deve ser obrigada a implementar de imediato o Projeto Global de Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água na cidade. Além disso, a Cagece deve tomar medidas paliativas para restabelecer o abastecimento, como, por exemplo, disponibilizando gratuitamente pelo menos 10 caminhões pipa por dia no município.

Até o momento, conforme o MP, a empresa não tomou as providências necessárias para solucionar o problema de abastecimento, que por várias vezes parou quase por completo por mais de 15 dias.

O promotor Cláudio Feitosa afirma ainda que "todas as classes sociais vêm sendo atingidas" pela falta d´água na cidade e pede que seja autorizada aos moradores dos bairros Cruzeiro, Tancredo Neves e Preguiça a suspensão do pagamento das contas de água até que o fornecimento seja normalizado, ficando a empresa proibida de cortar o abastecimento em razão do não pagamento da tarifa.

Na ação, o MP solicita também à Justiça que condene a Cagece a apresentar, em um prazo máximo de 30 dias, a Licença de Operação (LO) da Estação de Tratamento de Água (ETA) e as análises físico-químicas e bacteriológicas da água fornecida à população.

A redação web do Diário do Nordeste entrou em contato com a Cagece e foi informada que, até o momento, não foi notificada formalmente do processo, mas que após a notificação, as medidas cabíveis serão tomadas.