FHC LANÇA AÉCIO PARA PRESIDENTE EM 2014

Plantão Ceará | 07:48:00 | 0 comentários

O ex-presidente diz que as obras paradas do atual governo mostram sua incapacidade de gerenciamento
Brasília 
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, lançaram ontem o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, candidato à Presidência da República em 2014. Para o presidente do partido, Aécio é hoje o melhor candidato da legenda, porque tem todas as condições de ser o próximo presidente da República.

Para Aécio é o momento de o PSDB fazer um projeto de uma nova gestão, já que o PT abriu mão de administrar em troca de um projeto de governo FOTO: AG. BRASIL

O lançamento foi durante seminário para prefeitos do PSDB, realizado em Brasília. Aécio também foi lançado, ao mesmo tempo, candidato a presidente do partido. Aécio Neves, presente ao anúncio, declarou-se honrado e disse que sua candidatura será lançada no início de 2014.

Para ele este é o momento de o PSDB fazer um projeto de uma nova gestão para o País, porque o PT abriu mão de administrar o Brasil em troca de um projeto de governo. "Eu estou pronto. O Brasil está cansado com o que está acontecendo", disse Aécio, referindo-se às denúncias de corrupção no atual governo.

O ex-presidente FHC ressaltou as obras inacabadas do atual governo, como a transposição do Rio São Francisco. "É uma vergonha. Este governo não tem nenhuma eficiência. Não tem por causa das malfeitorias e dos malfeitos e isso não é questão de moralismo. É porque isso afeta os resultados. É o povo que paga por isso", afirmou.

Mais contundente, Sérgio Guerra (PE) disse que a transposição do Rio São Francisco foi mal planejada, que já foram gastos R$ 7 bilhões, que continua faltando água na região e que ninguém foi preso por isso. Lembrou também que a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, já custa três vezes mais do que projeto original.

Para Fernando Henrique, é possível, sim, ganhar de Dilma Rousseff nas próximas eleições. O que é preciso agora, ressaltou, é ter a capacidade de levantar questões, ouvir o que a população tem a dizer e transformar isso em propostas viáveis".

O ex-presidente também definiu como característica do PT o "desrespeito ao profissionalismo". Para ele, as gestões de Lula e Dilma privilegiaram, antes da eficiência, as filiações partidárias e uma visão ideológica não condizente com os desafios atuais da administração pública, reafirmando que o PSDB precisa, ao longo de 2013, "mais escutar do que dizer".

Oposição

Aécio, no discurso para os prefeitos eleitos, enfatizou que a sigla deve aprimorar sua postura como a principal força de oposição do País. "Vamos construir um projeto alternativo e levá-lo à população", disse. Ele disse que, no período eleitoral de 2012, os candidatos ligados ao PT disseram que teriam mais facilidade de ajudar a população, por um suposto afinamento com o governo federal. "É a isso que precisamos continuar nos opondo".

O ex-senador Tasso Jereissati (CE) ressaltou que, ainda com quase dez anos no poder federal, o PT recorre ao PSDB para justificar as falhas e desvios de sua gestão. "É impressionante como continuam indo para cima do governo FHC sempre que algum escândalo estoura", declarou.

Para Carvalho, há mais fiscalização
Brasília O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) afirmou, ontem, que os órgãos de fiscalização e controle do governo federal nunca tiveram tanta autonomia e liberdade até mesmo quando "cortam na própria carne".

Carvalho, contudo, não quis falar especificamente sobre os desdobramentos da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal FOTO: AGÊNCIA BRASIL

"A impressão de que há mais corrupção agora não é real. O que há mais agora é que as coisas não estão mais embaixo do tapete", disse o ministro, antes do seminário internacional Desafios da Construção da Democracia no Mercosul, em Brasília.

Questionado se o governo apoia ações do Ministério Público, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da República "doa a quem doer", o ministro respondeu: "Sempre foi assim".

Carvalho, contudo, não quis falar especificamente sobre os desdobramentos da Operação Porto Seguro, da PF, que flagrou um esquema corrupção e tráfico de influência com participação de diretores de agências reguladoras, da ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo e de outros funcionários do governo federal. Todos os envolvidos foram exonerados ou afastados dos cargos. Numa crítica explícita aos tucanos, o ministro, que foi chefe de gabinete do ex-presidente Lula, fez questão de dizer que foi a partir do governo Lula, em 2003, que os órgãos de controle tiveram o aval do governo para agir de forma autônoma.

"Os órgãos todos de vigilância, fiscalização estão autorizados e com toda liberdade garantida pelo governo. Eu quero insistir nisso, não é uma autonomia que nasceu do nada, porque antes não havia essa autonomia, nos governos Fernando Henrique não havia autonomia, agora há autonomia, inclusive quando cortam na nossa própria carne", disse o ministro.

Carvalho destacou a liberdade de ação não apenas dos órgãos de controle diretamente ligados ao governo federal - Polícia Federal e Corregedoria Geral da União -, como também ressaltou a autonomia do Ministério Público. Para Carvalho, "nunca nesse País" o procurador-geral da República teve tanta independência. Foi o ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza quem denunciou petistas pelo envolvimento no mensalão.

´Lula merece, do Brasil, respeito´

São Paulo O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, defendeu ontem o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem sendo alvo de pressão da oposição e de setores da situação após a deflagração da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

Apesar da defesa de Lula, o governador de Pernambuco defendeu que se apure o escândalo FOTO: AG. BRASIL

A operação levantou suspeita de corrupção e tráfico de influência envolvendo a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa Noronha, pessoa próxima ao petista e que chegou a esse posto por sua indicação.

Indagado se Lula devia explicações à sociedade, Campos afirmou: "Vamos compreender o papel de Lula como o do ex-presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso) na história, de líderes que têm imperfeições, que cometeram erros, mas que legaram ao Brasil, cada um a seu tempo, algo que é importante para a vida brasileira até hoje (a democracia). O presidente Lula merece, do Brasil, respeito".

Construção do País
Campos destacou que pode ter até algumas divergências com Lula, mas é fundamental compreender o papel que ele teve na construção do País. Apesar da defesa de Lula, o governador defendeu que se apure tudo no âmbito desse escândalo e que as pessoas que usaram cargos públicos para tráfico de influência sejam punidas.

"O Brasil tem mudado, não se aceita mais que uma carga tributária de quase 36% possa ser administrada por práticas patrimonialistas. E (o Brasil) tem mudado", frisou. Apontado como presidenciável, ele disse ontem que falta "rumo estratégico" às medidas do governo para combater a crise financeira internacional. 

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