Navio italiano Costa Concordia volta à posição vertical

O trabalho para reerguer o navio de cruzeiro Costa Concordia foi concluído com sucesso às 3h locais de terça-feira (17) na ilha italiana de Giglio, informaram as autoridades. 

Costa Concordia sofreu acidente no dia 13 de janeiro de 2012 e foi reerguido em cerca de 17 horas Foto: Reuters

"A operação de 'parbuckling' foi concluída. O navio já está, como o previsto, na posição vertical", anunciou em entrevista coletiva Franco Gabrielli, chefe da Defesa Civil italiana.

Já na vertical, a sirene do Concordia tocou várias vezes e foram ouvidos gritos de comemoração no porto. "A quilha do navio exigirá importantes reparos", destacou Gabrielli. O engenheiro Franco Porcellacchia estimou que "a operação não poderia ter sido melhor".

A complexa operação para resgatar o gigante de 17 andares e 290 metros de comprimento -maior e com quase o dobro do peso do "Titanic"- havia começado às 10h locais de segunda-feira (16), com o navio inclinado a 65º.

O inédito esforço foi interrompido entre 18h e 19h locais para permitir que uma equipe de especialistas alpinistas retirasse do navio vários cabos que não exercem mais tensão, explicou Sergio Girotto, responsável pelo projeto por parte da empresa italiana Micoperi.

A partir desse momento, a navio foi "endireitado" gradualmente por meio dos enormes recipientes que foram fixados na parte superior do casco, enchidos de água.

114 mil toneladas

Cerca de cem engenheiros e técnicos de várias nacionalidades participaram da operação para endireitar um navio gigante de 114 mil toneladas.

Esta foi uma operação sem precedentes na história da engenharia moderna para um transatlântico tão grande e perto da terra.

Por volta de meio-dia desta segunda-feira (7h de Brasília), o gigantesco navio "tinha sido retirado dos arrecifes" em que havia encalhado no dia 13 de janeiro de 2012 com 4.200 passageiros a bordo, causando a morte de 32 pessoas.

Duas horas depois de iniciada a inédita operação, começou a ser vista parte do casco do navio que estava submersa, claramente identificável por estar coberto de musgo. A operação foi avaliada em cerca de R$ 1,8 bilhão.

Após a volta do navio à vertical, uma equipe de mergulhadores vai procurar os restos das duas pessoas que estão desaparecidas: uma passageira italiana e um camareiro indiana.