Prefeitura consegue estender suspensão de liminar que impedia obras de viadutos; MPF recorre
A Prefeitura de Fortaleza conseguiu nesta quinta-feira (29) estender os efeitos de suspensão de liminar, concedida pelo presidente em exercício do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), Edilson Pereira Nobre Júnior, no dia 14 de agosto. Com isso, as obras dos viadutos do Cocó estão liberadas para a execução.
Ainda nesta quinta-feira (29), o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão do presidente do TRF-5 FOTO: Waleska Santiago
O desembargador considerou que não havia fato novo no recurso do Ministério Público Federal (MPF), acatado pela 6ª Vara da Justiça Federal, através do juiz federal Roberto Machado, na última quarta-feira (21/08), que suspendia a continuidade das obras.
Na ocasião, o MPF apresentou laudo que atestava que a área que teve a vegetação completamente retirada alcançou 0,42 hectares, quando a área autorizada pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) seria de 0,18 hectares.
Ainda nesta quinta-feira (29), o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão do presidente do TRF-5. O MPF argumenta que o instrumento jurídico da suspensão de liminar só pode ser usado nas hipóteses em que a execução da medida liminar represente grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. No caso dos viadutos, segundo o MPF, estariam ausentes esses requisitos legais.
O argumento da Prefeitura para o pedido de suspensão da liminar foi o fato de que a paralisação da construção dos viadutos causaria grave prejuízo à ordem e à economia públicas.
Prefeito afirma que obras de viaduto não são iniciadas para não 'acirrar os ânimos'
Prefeito afirma que obras de viaduto não são iniciadas para não 'acirrar os ânimos'
Na última segunda-feira (26), Roberto Cláudio descartou a ação sem a recomendação da Justiça. "Vamos aguardar, como sempre aguardamos, respeitando a lei. Já na quarta-feira (28), o prefeito afirmou que as intervenções não são realizadas para "evitar acirrar os ânimos"."Para facilitar o encontro de uma solução pacífica, decidimos segurar a obra".
De acordo com o Roberto Cláudio, uma das frentes de trabalho que poderiam ser iniciadas seria o alargamento da Av. Engenheiro Santana Júnior, que tomaria parte da fachada de duas concessionárias. "Finalizamos o acordo com as duas concessionária que ficam logo em seguida e já podemos iniciar por elas", explicou.
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