Quem é culpado pelo caos histórico?

Plantão Ceará | 10:52:00 | 0 comentários

AMC admite falha na operação do show de Paul, mas atribui parte da responsabilidade à organização do evento

Que foi difícil o acesso ao show de Paul McCartney, em Fortaleza, todo mundo já sabe. O caso acabou repercutindo tanto quanto a própria apresentação do britânico, tendo sido comentado até na imprensa nacional. A situação chamou atenção da população e, a menos de 40 dias da Copa das Confederações, na Capital, a pergunta é: de quem foi a culpa? A situação se repetirá?

A 40 dias da Copa das Confederações, as obras no entorno do Castelão parecem estar longe de serem concluídas. Mas a Secopa-Fort garante que a intervenção está 75% pronta e que tudo será finalizado até dia 15 de junho Foto: Natinho rodrigues
Para muitos, o ocorrido da última quinta-feira é, de fato, uma prévia do que acontecerá no grande evento esportivo do próximo mês. No dia 19 de junho, por exemplo, a Arena Castelão deve receber cerca de 60 mil pessoas para o jogo Brasil e México. Além desse embate, mais dois jogos estão marcados para a capital cearense.

"A sensação que tive é que uma festa particular se apropriou de toda a Cidade, pois grande parte de Fortaleza estava intransitável. O horário de pico, associado às obras do entorno da Arena Castelão e à falta de mobilidade geraram todo o caos", desabafou o advogado Jairo Pontes a respeito dos problemas da última quinta-feira.

Responsabilidades
A Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), que disponibilizou 200 agentes para auxílio do tráfego ao show de Paul McCartney, reconhece que houve falhas na realização dos procedimentos, mas atribui parte da responsabilidade à organização do evento. "Nós nos dedicamos a essa operação, mas a organização do evento falhou", argumenta o chefe do Núcleo de Trânsito da AMC, Arcelino Lima.

O órgão cita que no planejamento havia transfers, que fariam o deslocamento do público do estacionamento para o estádio, o que não aconteceu. O esquema previa, ainda, bloqueios em trechos das avenidas Alberto Craveiro e Paulino Rocha, onde só seria permitida a passagem de veículos credenciados, moradores com comprovante de endereço, vans e ônibus para quem iria parar nos quatro bolsões de estacionamento e táxis com passageiros, o que também não ocorreu.

Para Arcelino, faltou sincronismo entre a AMC e a organização, que teria ficado responsável pela instalação de placas de informação e outros serviços programados. Segundo diz, essa falha na execução modificou toda a programação acordada entre as partes, gerando, assim, o problema. "O atraso da abertura dos portões também dificultou o acesso. As pessoas que chegavam acabavam atrapalhando as que estavam tentando chegar ao local", acrescenta.

Contudo, o titular da Secretaria Extraordinária da Copa (SecopaFor), Domingos Neto, garante que os transtornos não se repetirão. Segundo ele, as obras de acesso ao Estádio que iniciam na Avenida Alberto Craveiro e seguem até a rotatória do Castelão estão 75% concluídas.

Ele afirma que tudo estará concluído até 15 de junho e será feito um planejamento antecipado para garantir as vias de acesso ao Estádio. O projeto deve ser apresentado à população até a primeira semana de junho.

Ainda conforme Domingos Neto, a SecopaFor esteve reunida, ontem, com a AMC, a Empresa de Transportes Urbanos de Fortaleza (Etufor), Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a comissão da Fifa, para tratar da mobilidade urbana na Copa das Confederações. Durante o encontro, foi colocado em pauta as dificuldades de acesso ao show realizado na Arena Castelão.

"A nossa ideia é reforçar a sinalização, disponibilizar transporte público, ônibus executivos e gerar bolsões de estacionamento em torno do Castelão. A parte mais complicada já passou, que eram as desapropriações, remanejamento de esgotos e energia, portanto, estamos na parte mais fácil, que é a pavimentação. Garanto que tudo será entregue antes da Copa das Confederações".

Alvará
O promotor de Justiça Gilvan Melo, coordenador do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas de Trânsito (Naetran), afirma que, para um evento desse porte ocorrer, a empresa responsável precisa de um alvará da Prefeitura. Portanto, destaca que toda a responsabilidade pela mobilidade e indicação das vias de acesso é dos órgãos de trânsito da Capital e não da organizadora do show.

A reportagem tentou diversos contatos com a produtora do evento, mas não obteve sucesso.

Com informações do Diário do Nordeste On Line

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