‘Nunca quis ser pivô’, diz ex-amante de empresário da Yoki, Marcos Matsunaga

Plantão Ceará | 14:50:00 | 0 comentários


A ex-amante de Marcos Matsunaga, morto e esquartejado em maio de 2012, afirmou em entrevista concedida ao Fantástico que nunca teve a intenção de destruir o casamento do empresário. “Nunca quis ser o pivô dessa separação, jamais. Falaram que eu destruí um casamento, uma família, e nunca foi a minha intenção. Se ele [Marcos] não tivesse me conhecido, ele iria se separar de qualquer forma”, disse Nathália Vila Real Lima, de 24 anos. Após o crime, a mulher do empresário, Elize Matsunaga, confessou ter atirado em Marcos e esquartejado o corpo.
Esta foi a primeira entrevista que Nathália concedeu. A jovem ficou conhecida por uma imagem amplamente divulgada após o crime em que ela aparece abraçada com Marcos em 18 de maio de 2012, saindo de um restaurante. As filmagens são de um detetive particular contratado por Elize. No dia seguinte, Marcos foi morto.
“Acho que ele jamais desconfiaria que estava sendo seguido”, comentou Nathália. Questionada se via o empresário todos os dias, ela respondeu que não. “Nos víamos algumas vezes por semana. O Marcos esquecia dos problemas quando nós estávamos juntos”, disse. Sobre o fato de o empresário ser casado, Nathália afirmou que “a princípio”, não sabia. “Depois ele me contou que era casado”.
De acordo com Elize, a traição do marido com Nathália deu início a uma discussão no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo, no dia do crime. Segundo esta versão, Marcos teria agredido a mulher com um tapa no rosto. Nathália não acredita nisso. “Ele dizia que preferia apanhar, mas que jamais levantaria uma mão para uma mulher. Nunca ele iria fazer isso, bater nela”, disse.
Procurado pelo Fantástico, o advogado de Elize, Luciano Santoro, preferiu não comentar as declarações de Nathália. Ele afirmou apenas que vai esperar o depoimento que as duas mulheres vão dar à Justiça na próxima quarta-feira (30).
Evento de negócios
Em um depoimento à polícia em junho do ano passado, a jovem falou que trabalhava como acompanhante de executivos. “Eu fiquei abalada. [Para] falar a verdade, eu não sabia às vezes do que estava falando. Foram muitas horas de interrogatório. Eu queria sair dali, ir para a minha casa”, disse. Questionada se é uma garota de programa, ela respondeu que não. “Jamais. Sempre trabalhei com feiras, eventos. O Marcos me presenteava, pagava viagens, como a gente viajou para o Uruguai”, falou, afirmando que o empresário não lhe dava dinheiro.
Nathália disse que conheceu Marcos em 2011, em um evento de negócios. “Ele pegou meu contato e, depois de alguns meses, ele me ligou. O casamento dele já estava em crise”, comentou. Segundo a moça, os encontros duraram cerca de três meses, até o empresário ser morto. Sobre a relação que tinha com Marcos, Nathália afirmou que se considerava uma amiga. “Vamos dizer que era uma amizade colorida. Qual mulher não gosta de um homem agradável? O Marcos era uma pessoa muito romântica, me tratava super bem. Muito bem mesmo, como ninguém nunca me tratou”.
Morte do empresário
“Eu soube [da morte de Marcos] através da mídia. [Foi] um choque muito grande. Uma pessoa que não merecia nunca isso. Nunca mesmo”, disse Nathália. Questionada se ela se apaixonou pelo empresário, ela afirmou que eles estavam “se conhecendo”.
Segundo Elize Matsunaga, depois de ser agredida pelo marido no dia em que o crime aconteceu, ela reagiu. A mulher matou o empresário com um tiro, esquartejou o corpo e jogou os pedaços em uma região de mata. Elize está presa na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
A acusação afirma que o crime foi premeditado e que Elize matou o marido para ficar com o dinheiro da herança e do seguro de vida dele. Segundo Nathália, era comum Marcos aparecer machucado em seus encontros. “Algumas escoriações de unha. Ele falava que tinham sido algumas discussões com a esposa. Ele dizia que, às vezes, ela mudava o comportamento. Estava bem e, do nada, começava a gritar, quebrar as coisas”, disse.
Nathália afirmou que o empresário tinha medo de Elize. “Ele falava que tinha receio que ela fizesse algo com ele. E que iria se separar o mais rápido possível para evitar essas brigas constantes que eles tinham. Mas estava com receio da separação porque tinha uma filha pequena. Eu sempre o incentivava a ter mais calma, ver onde ele estava errando”.
Nathália disse que Marcos lhe fez uma proposta para quando ele se separasse de Elize. “Ele perguntou se eu teria vontade de estudar nos Estados Unidos, que ele estava pensando em montar um negócio lá. Eu falei que iria pensar”, disse.
Medo de vingança
Na próxima quarta-feira, Nathália e Elize devem ser ouvidas pela Justiça pela primeira vez. Ainda não há previsão de quando Elize irá a júri popular. A jovem que teve um caso com o empresário afirmou que não quer falar o que sabe na frente de Elize. Por isso, vai pedir ao juiz que a acusada saia da sala quando estiver prestando depoimento. Nathália diz que tem medo de sofrer uma vingança no futuro. “Eu tenho medo porque se ela fez o que fez com o próprio marido, o que ela poderia fazer comigo? Eu não sei se ela tem alguma raiva de mim”, disse.
Temendo ser reconhecida nas ruas, Nathália conta que saiu de São Paulo e largou um curso técnico de estilista. “Vivo com medo, me escondo, tentando esquecer, mas vai ser muito difícil, muito difícil mesmo esquecer tudo isso”, disse. Seu advogado afirma que ela quer retomar sua vida. “Ela quer voltar a viver. Se [o depoimento] vai ser benéfico para a defesa ou para a acusação, não sei”, afirmou Roberto Parentoni.
Arte caso Elize Matsunaga (Foto: Arte G1)

G1 

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