TRABALHADORES DO TRANSPORTE ALTERNATIVO FAZEM PARALISAÇÃO NO CENTRO

Cerca de 30 topiques estão paradas, desde às 6h da manhã, interrompendo o fluxo de veículos na Rua Clarindo de Queiroz, entre as Ruas Solón Pinheiro e Barão do Rio Branco, no Centro de Fortaleza.

Três quarteirões continuam  completamente interdidatos prejudicam o trânsito na Rua Clarindo de Queiroz (Fotos: Natasha Mota)

Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Transporte Alternativo de Fortaleza (Sintraafor), Valdênio Aguiar, as vans irão continuar no local até que sejam reiniciadas as negociações. "Não vamos sair daqui enquanto não formos procurados", disse.

"Foram oferecidos 7% de reajuste, mas queremos aumento de 18%. A partir da 0h desta quinta-feira, 27, começamos a greve respeitando os 30% nas ruas dos 320 carros das 16 linhas em Fortaleza", contou.

Conforme o representante da categoria, os salários deveriam passar de: R$ 891 para R$ 1.050 (motorista); R$ 663 para R$ 783 (trocador); e de R$ 672 para 793 (fiscal). Valdênio também cobra da Cooperativa dos Transportadores Autônomos de  Passageiros do Estado do Ceará (Cootraps) que a empresa assine a carteira dos funcionários. "É muito desumano o tratamento que os patrões dão pra gente, há 15 anos", complementou. 

Passageiros ficaram na bronca

A manhã desta quinta-feira (27) iniciou com movimentação intensa no Centro de Fortaleza, devido à greve dos trabalhadores dos sistemas de transporte alternativo.

A paralisação foi motivo de reclamações por parte de pessoas que pagaram passagem e ficaram pelo meio do destino. Um casal que se deslocou até a Clarindo de Queiroz teve que mudar de ideia. "Nós iríamos pegar a 59 para ir a um lugar. Mas desistimos. Sem topique, camos pegar um ônibus e ir pra casa mesmo", falou o passageiro Wilson dos Santos Ferreira. "Eles escolheram um mau momento para fazer essa greve", retrucou Edileuda Ferreira.

Comércio do entorno prejudicado

Os comerciantes do entorno também estavam insatisfeitos, alegando prejuízo nas vendas. "O dia de hoje foi perdido. A movimentação caiu 60%. Ninguém vai entrar nessa rua interditada como está", disse um dos vendedores de um loja de balas e chocolates.